Marketing no Direito: do tabu ético às oportunidades de diferenciação

Em outubro de 2015 foi publicada a revisão do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, disponível nesse link (http://s.conjur.com.br/dl/codigo-etica-oab3.pdf), e algumas das atualizações podem ser restritivas no que se refere à práticas de marketing.


Veja esse trecho:

"Parágrafo único. São deveres do advogado: (…)

III - velar por sua reputação pessoal e profissional;"

O que acha?
Como está sua reputação? E a do seu escritório?

Nesses últimos 10 anos, eu tive o privilégio de trabalhar com diversos profissionais da área do Direito, como advogados, tabeliães, registradores e professores universitários. 

Pouca gente sabe, mas antes de fundar a Oversize Thought Leadership, em 2011, eu fui gerente de comunicação de uma empresa especializada em consultoria para tabelionatos e registros, portanto, atuei muitos anos com negócios administrados por empresários formados em Direito.


E o que aprendi foi que para todos, absolutamente todos, fazer marketing do seu trabalho é um gigantesco tabu.


Mais do que honrar o código de ética, parece-me que debater as questões ligadas ao marketing, como precificação dos serviços, imagem pessoal, reputação em mídias sociais, linguagem de comunicação e publicidade do escritório não é incentivado nem nas salas de aula das Universidades, muito menos em escritórios de Direito.


Então como conquistar clientes? Fazer o seu escritório desenvolver-se? Crescer, sem ferir o Código de Ética?


O desafio não é só do Direito, mas de todos empresários


Você concorda que empreender em um País como o nosso já é difícil, imagine ao deixar de lado uma disciplina estratégica tão importante como a Comunicação Organizacional - leia-se marketing empresarial.


A grande verdade é que o comportamento do consumo mudou, e com ele todo o jeito de fazer publicidade. Não apenas para os advogados. Engenheiros, arquitetos, publicitários, médicos, professores, cientistas… todos precisam aprender a comunicar-se em uma realidade complexa de mídias que nascem todos os dias, com vigilância implacável de sites de reclamações, e em uma internet que acumula rastros de informações que você deixou nos últimos 20 anos.


É um desafio superar esses obstáculos usando a mesma fórmula (ou qualquer fórmula) de marketing da década de 30, onde você tem um produto/serviço, anuncia em uma mídia, e senta esperando os clientes cairem no seu colo. O marketing de interrupção, como Seth Godin o denomina, já não dá mais certo. É preciso ser mais perspicaz.


Funciona bem como a máxima do marketing moderno: quanto maior a verba de publicidade, menor a criatividade (e vice-versa).


O poder das redes de relacionamento 


O que eu descobri ao longo desses anos é que existem caminhos mais inteligentes e mais criativos. E todos passam por uma questão fundamental para construção de bons negócios: o relacionamento.


O valor de um negócio não é medido pela quantidade de pessoas que ele impacta com um anúncio, mas sim com a qualidade das relações que ele constrói em pequenas redes de relacionamento.


Falando em relacionamento, quero deixar claro que não me refiro a só trocar cartões de visitas e enviar e-mails de Boas Festas todo fim de ano. 
Imagine construir uma rede baseada em conhecimento. Uma audiência composta por seguidores que confiam em você. Relações baseadas em respeito, aprendizagem, troca e credibilidade.


Mais do que clientes, pessoas que aprendem com você e seu negócio. Você ensina e entrega valor, quase que simultaneamente. E ao final, você não tem apenas contratos assinados, tem pessoas engajadas com seu sucesso, tão apaixonadas pelo seu trabalho quanto você.


É esse o poder da reputação compartilhada em rede. Pura técnica de comunicação e relações públicas.


Alternativas para escritórios de Direito


Antes de mais nada, eu quero deixar claro que eu não acredito em receitas prontas.


O que funciona para um contexto, pode ou não dar certo para outro. Foi por isso que eu decidi criar uma forma de ajudar muitos, gratuitamente, mas com foco no que pode ser feito para todos.


Não vou lhe ajudar com “dicas” ou “ideias”. Você conhece melhor a sua realidade e seus desafios. Quero lhe ajudar a ter essas ideias por conta própria, usando uma ferramenta científica de comunicação: o diagnóstico.


O diagnóstico de comunicação


Vamos começar entendendo a situação de crise em que vivemos, para poder interpretar melhor os sintomas por trás das dificuldades do seu negócio.
Nessa análise, vamos focar na esfera da comunicação, e observar que é preciso primeiro identificar os sintomas, para depois resolver os problemas.

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